sexta-feira, 6 de junho de 2014

Fahrenheit 451, uma previsão que (quase) acertou!

Imagine um livro de ficção científica escrita na década de 1950. O que vem a cabeça são carros voadores, máquinas do tempo e robôs, certo? Pode ser, mas o mundo previsto por Ray Bradbury está muito mais próximo à realidade que vivemos hoje.
Em Fahrenheit 451 as pessoas são acomodadas e mal pensam. Elas simplesmente passam os dias assistindo a reality shows em enormes telas nas paredes de sua casa.
Isso se encaixa muito com os dias atuais, com famílias inteiras que passam o tempo todo sentados de frente à TV assistindo novelas, séries ou reality shows que não acrescentam nada à sua mentalidade.
O livro é uma distopia que mostra um lado nada divertido do futuro. Na sociedade criada por Bradbury, ler se tornou um crime. Os governantes descobriram que as pessoas que leem são mais racionais e que elas podem atrapalhar a sociedade submissa criada por eles.
Assim sendo, todos os livros do mundo devem ser queimados. E realizar esse "ato de justiça" é a função dos bombeiros. Com o avanço da tecnologia, as casas e os prédios não correm mais o risco de serem incendiadas, portanto os bombeiros perderam sua utilidade inicial.
Agora, ao invés de apagar as chamas, eles as acendem. Nos livros!
O protagonista do livro é Montag, um bombeiro. Certa vez, num dia de trabalho até então normal, ele vê uma mulher que prefere ser queimada junto com seus livros do que viver sem a leitura.
Essa fato desperta nele a curiosidade pela leitura. É quando conhece uma menina de 16 anos de sua vizinhança, Clarisse, que na minha opinião é a melhor personagem do livro. Ela lhe faz perguntas como: "É verdade que antigamente os bombeiros apagavam fogo ao invés de ateá-lo?", "Você nunca leu um livro antes de queimá-lo?"e por fim, "Você é feliz?".
Então, a vida de Montag nunca mais é a mesma. Ele pega para si alguns livros e começa a lê-los escondido em casa. Até ser descoberto pela esposa.
Não vou falar mais senão solto spoiler, mas o livro é basicamente isso. Um homem que passa a se fazer perguntas que podem desconstruir tudo o que entendia do mundo, e sua busca pela felicidade e liberdade de pensar.
Gostei muito do livro, ele é pequeno e de leitura rápida. O final, na minha opinião, deixou um pouco a desejar, mas mesmo assim a ideia do livro e alguns de seus personagens valem a leitura.

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