segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A Dança dos Dragões... Muito Gelo e Muuuito Fogo!


Escrever uma resenha decente de A Dança dos Dragões, o livro cinco de As Crônicas de Gelo e Fogo vai ser um problema! O livro é muito grande e muita coisa acontece!
Primeiramente, agora posso me considerar oficialmente membro da comunidade westerosi. Li os cinco livros lançados e posso fazer minhas próprias teorias sobre o que está por vir em Os Ventos de Inverno.
A impressão que ficou sobre A Dança dos Dragões, foi que, junto de O Festim dos Corvos, aqui encerra-se o segundo ato das crônicas. Deu-se mais um passo para o desfecho tão esperado.
O livro tem cerca de 810 páginas de história, quase tão grande quanto A Tormenta de Espadas, mas não chega nem perto da maestria do terceiro livro. Mesmo assim, A Dança é o segundo melhor.
O prólogo é espetacular, talvez o meu favorito dos cinco. Ele acontece antes dos acontecimentos finais do terceiro livro e é no ponto de vista de Varamyr Seis-Peles.

A primeira metade de A Dança dos Dragões foca em Essos, na Muralha e além dela, e nos personagens que não aparecem no livro anterior. Podemos matar a saudade de Dany, Tyrion e Jon. Só que... Bem, eles não estavam em sua melhor performance.
Com a chegada de Stannis Baratheon, Melisandre e os homens de ambos à Muralha, Jon Snow, agora o Senhor Comandante da Patrulha da Noite, passa a ser atormentado pelas profecias da sacerdotisa vermelha e pelos incessantes pedidos do Rei Stannis para lhe entregar a Muralha e os patrulheiros. Sem Aemon, Sam e seus amigos por perto, Jon acaba tendo que se virar sozinho, confiando apenas em Fantasma e no corvo de Mormont. Além disso, o inverno está cada vez mais próximo e, Pra-Lá-da-Muralha, ele já chegou. Trazendo consigo selvagens famintos e desabrigados, e os Outros... O plot é ótimo, mas Lorde Snow acaba ganhando mais pontos de vista que o necessário.

Tyrion Lannister, nesse livro, vai cada vez mais ao fundo do poço. É incrível como nosso "bom velhinho" George Martin escolheu o anão para ser seu mártir. Após matar o pai, ele fugiu com a ajuda de Varys e de seu irmão, indo parar em Pentos. A partir daí ele passa por muitas e ainda mais, fazendo tour por Essos. Não posso nem comentar muito senão dou spoilers.
E Daenerys Targaryen está em Meereen, nas infindáveis e chatíssimas audiências, onde não param de chegar reclamações sobre cabras e ovelhas sendo queimadas e comidas pelos dragões de nossa khaleesi. Além disso, Dany não para de ser cortejada por candidatos à rei. Todos querendo a mão da Rainha Mãe de Dragões. Ao longo do livro Dany faz tanta burrada que eu deixei de gostar dela... beirando o ódio.
Por outro lado, Theon Greyjoy tem o melhor desenvolvimento do livro. Enfim, temos notícias do ex melhor amigo de Robb, e ele está simplesmente destruído. Após mêses sendo torturado por Ramsay Snow Bolton, agora ele atende apenas por Fedor, e tem vários dedos e seu membro favorito a menos e o orgulho feito em migalhas. Para quem assistiu o seriado da HBO sabe pelo que ele passou. Ramsay espera a chegada de sua noiva, supostamente Arya Stark e ambiciona tomar o Norte para si. Theon/Fedor, com seus pontos de vista espetaculares, mostra tudo... e não vou explicar nada! Qualquer palavra a mais é spoiler.
Bran e Davos aparecem e apesar de poucos, seus capítulos são muito bons e tenho certeza que cada um deles vai ter grande importância para o fim da história. Sobre os outros Stark, nenhuma notícia até o meio do livro, quando voltamos a ver capítulos da Arya. Sansa não dá o ar da graça, e muito menos Rickon, que continua sumido.
Novos personagens aparecem. Quentyn Martell, herdeiro de Dorne, viaja para Essos em busca de conquistar Daenerys, confiando apenas em um acordo feito anos atrás o qual a própria Dany desconhece. Mas ele é só mais um dos pretendentes dela. Um garoto, inicialmente conhecido apenas como o Jovem Grifo, também está indo em direção a ela. E, pelo mar, Victarion Greyjoy, mandado pelo irmão e Rei das Ilhas de Ferro, Euron Olho de Corvo.
A Dança dos Dragões mostra um pouco do terrível inverno que se aproxima. Fome, miséria e doenças começam a se espalhar por todo o mundo, como se já não bastassem as batalhas pelo poder, e pairando sobre tudo, o medo dos Outros.
Os Sete Reinos estão em pedaços, e para onde se olha tem algum lorde tentando tomar as terras de outro. E nenhum dos reis tem total domínio de seus súditos. A qualquer momento uma nova rebelião pode se formar e novos reis podem surgir.
Levei mais de dois meses para terminar de ler A Dança, mas super valeu a pena. O final é incrível e deixa qualquer um implorando pelo próximo! O epílogo é quase tão bom quanto o de A Tormenta, e nos faz questionar várias coisas da política de Westeros e sobre o que havia sido revelado no livro.
Óbvio que quem leu até o quarto livro é fã, então nem preciso dizer que recomendo o livro né? ;) Só leia! E com bastante atenção aos detalhes! E claro, preparem-se para mortes que vão te fazer xingar o George Martin e querer jogá-lo na fogueira da Melisandre.

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